sábado, 24 de março de 2012

24 de Março - DIA MUNDIAL DE COMBATE A TUBERCULOSE - Parte I

A tuberculose é uma das doenças infecciosas mais antigas de que se tem notícia e, apesar dos grandes avanços da medicina, ainda é uma grande preocupação. Os números são alarmantes, mas a tuberculose tem cura se for seguido o tratamento corretamente. 


Introdução

A tuberculose tem sido identificada em esqueletos de mais de 6000 anos e, apesar dos grandes avanços da medicina nas últimas décadas, a tuberculose ainda é a doença infecciosa mais prevalente no mundo. No mês de setembro deste ano o Ministério da Saúde iniciou uma campanha contra a tuberculose, intitulada "Tuberculose tem remédio" com o objetivo de levar à população informações sobre a doença, como sintomas e tratamento. A meta da campanha publicitária é aumentar a detecção de casos, elevar o percentual de cura e reduzir o abandono do tratamento. Outras ações previstas são a qualificação das equipes que atendem os doentes e o reforço das atividades de diagnóstico.

Os números da Tuberculose

Apesar da redução recente do número de casos, o Brasil continua a figurar na lista dos 22 países que concentram 80% de tuberculose no mundo. Atualmente, o País ocupa o 19º lugar. A situação já foi pior. Em 2003, o Brasil ocupava a 15ª posição. A tuberculose é a terceira causa de morte por doenças infecciosas no Brasil e a primeira entre pacientes com aids.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde registram uma queda de 73.673, em 2008, para 70.601 novas infecções em 2010. Com a diminuição, a incidência (número de pacientes por 100 mil habitantes) baixou de 38,82 para 37,99. Mas o número ainda é distante da meta prevista no Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, que é chegar, até 2015, em 28 casos por 100 mil. "Podemos alcançar essa meta, mas é preciso mais", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do ministério.

Os dados mostram que as maiores incidências da doença estão concentradas nos Estados do Rio de Janeiro (71,8 por 100 mil habitantes), Amazonas (69,2/100 mil), Pernambuco (47,5/100 mil), Pará (46,2/100 mil) e Rio Grande do Sul (45,3/100 mil).



O essencial para reduzir o número de casos, é ampliar o diagnóstico precoce da doença e garantir que pacientes sigam o tratamento indicado até o fim. Hoje, o ministério lançou campanha para alertar a população sobre o principal sintoma da doença, a tosse por mais de três semanas. A intenção é garantir que a população procure o diagnóstico precoce, seja nas instituições públicas ou privadas de saúde. "Quando o paciente faz tratamento sem interrupção, o paciente é curado", diz Barbosa.

Além de incentivar a população a procurar diagnóstico precoce, o ministério considera essencial alertar serviços de saúde e principalmente integrantes do Programa de Saúde da Família a identificar pessoas que possam apresentar sintomas da doença. "A tuberculose é uma doença comum. Se um agente de saúde, numa cidade como Rio ou Recife, fica muito tempo sem identificar um paciente, algo está errado", afirmou o secretário.


A doença

A tuberculose é uma doença infecciosa causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch. Pode afetar diferentes órgãos, mas o comprometimento pulmonar é o mais freqüente.

A transmissão da tuberculose é quase que exclusivamente por vias aéreas. Através da tosse de uma pessoa com tuberculose pulmonar são eliminadas gotículas contendo o microorganismo e podem infectar uma pessoa em contato íntimo e prolongado. A ocorrência ou não da infecção dependerá também do estado imunológico da pessoa. A infecção poderá permanecer latente sem produzir sintomas ou desenvolver a doença. Cerca de 10% das infecções latentes se tornam ativas em algum momento da vida.

A maioria dos casos de tuberculose é causada pela reativação da infecção adquirida anos atrás, mais freqüentemente na infância, e é mais comum em adultos e jovens. O estímulo para a reativação pode ser a supressão do sistema de defesa do organismo, como ocorre na AIDS, ou outros fatores como a desnutrição e deficiência de vitamina D. Outras condições associadas com a reativação da tuberculose são doença renal grave, diabetes mellitus, silicose, cirurgia de estômago e transplantes.

As pessoas com tuberculose pulmonar apresentam tosse com quantidades variáveis de escarro, que podem ou não conter sangue, por três semanas ou mais. Podem apresentar também dor no peito e falta de ar, febre, sudorese noturna, perda de apetite e perda de peso. A doença primária não tratada irá progressivamente envolver todo o pulmão e também se disseminar. Os sintomas presentes nesse estágio podem ser graves, com tosse e escarro contínuos, falta de ar acentuada, febre alta, sudorese intensa, fraqueza e grande perda de peso.

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