sábado, 24 de março de 2012

24 de Março - DIA MUNDIAL DE COMBATE A TUBERCULOSE - Parte II

Diagnóstico

Todas as pessoas que apresentam tosse com escarro por mais de três semanas, acompanhada ou não dos outros sintomas da doença devem ser investigadas para a infecção da tuberculose. Alterações nos raios-X de tórax também podem ser vistas na tuberculose pulmonar. O diagnóstico definitivo de tuberculose, entretanto, requer a identificação do microorganismo nas secreções ou tecidos do paciente, como o exame do escarro. O tratamento é frequentemente iniciado antes do diagnóstico definitivo, entretanto a identificação do microorganismo é importante inclusive para testar a sensibilidade às drogas.

Existe também um teste para rastrear a exposição à tuberculose, é o chamado teste de Mantoux, mais conhecido como PPD. É realizado através de uma injeção intradérmica e medido através do tamanho da área da reação 48 horas após a aplicação. O diâmetro menor que 5mm é considerado como negativo e significa que não houve contágio com o bacilo ou que a vacina está protegendo a criança. O diâmetro entre 5 e 9 significa que não houve contágio com o bacilo de Koch, mas a vacina BCG está protegendo a criança, e acima de 10 significa que houve o contágio, e que pode ser um contágio recente.

AIDS e tuberculose

Aproximadamente 8 milhões de pessoas em todo o mundo são coinfectadas pelo HIV e pela tuberculose. No Brasil, 8% dos pacientes com tuberculose também têm Aids. Os pacientes HIV positivos são mais susceptíveis à infecção pelo M. tuberculosis, já que a infecção depende do estado do sistema imunológico que está suprimido nesses pacientes. Subseqüentemente, aproximadamente 50% das pessoas com as duas infecções irão desenvolver a tuberculose clínica, e as taxas de reativação podem ser até 20 vezes maior que em pessoas não HIV positivas. A tuberculose clínica está associada com uma menor sobrevivência das pessoas com AIDS.

Tratamento

Ao contrário do que muitos pensam, a tuberculose tem cura. Desde de 1944 se conhece os medicamentos capazes de curar a tuberculose. Mas para que haja um controle efetivo da doença é indispensável que se detecte a tuberculose ativa e se institua o tratamento correto.

O tratamento da tuberculose é prolongado, durando no mínimo seis meses, e na maioria dos casos não é necessária a hospitalização. O uso de medicamentos inadequados ou administrados irregularmente, ou em doses inadequadas é causa importante de não cura da doença. Além disso, com o tratamento inadequado, o microorganismo pode se torna resistente e eventualmente ser transmitido para outros indivíduos, sendo seu tratamento mais complexo e de custo elevado.

Os principais medicamentos utilizados no tratamento da tuberculose são a izoniazida, rifampicina e pirazinamida. Após duas semanas tomando o medicamento não ocorre mais a transmissão.

A tuberculose latente deve ser detectada e tratada preventivamente nos indivíduos que apresentam os fatores de risco para a reativação.

Prevenção

A prevenção da tuberculose consiste na vacinação infantil e na detecção e tratamento precoce das pessoas com tuberculose.

BCG é a vacina contra a tuberculose feita com um tipo de bacilo semelhante ao bacilo de Koch, que permite ao organismo criar defesas contra a tuberculose, sem causar a doença.

O BCG é indicado para todas as crianças de 0 a 4 anos e é aplicada na pele do braço direito. A vacina contra a tuberculose faz parte das vacinas obrigatórias para as crianças no Brasil. Estima-se que o BCG ofereça proteção à criança por um período em torno de 10 anos.

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