sexta-feira, 25 de novembro de 2011

25/11 - Dia Internacional da NÃO violência contra a mulher



 O que é a violência contra a mulher?

A violência contra as mulheres é sofrida em todas as fases da vida. Muitas vezes ela se inicia ainda na infância e acontece em todas as classes sociais. A violência cometida contra mulheres no âmbito doméstico e a violência sexual são fenômenos sociais e culturais ainda cercados pelo silêncio e pela dor. Políticas públicas específicas que incluem a prevenção e a atenção integral são fatores que podem proporcionar o empoderamento, ou seja, o fortalecimento das práticas autopositivas e do coletivo feminino no enfrentamento da violência no Brasil.

A violência contra a mulher é referida de diversas formas desde a década de 50. Designada como violência intrafamiliar na metade do século XX, vinte anos depois passa a ser referida como violência contra a mulher. Nos anos 80, é denominada como violência doméstica e, na década de 90, os estudos passam a tratar essas relações de poder, em que a mulher em qualquer faixa etária é submetida e subjugada, como violência de gênero.

A Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (Convenção de Belém do Pará, 1994) define tal violência como “qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou
psicológico à mulher, tanto na esfera pública quanto privada” (ASSEMBLÉIA GERAL DA ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, 1994). Essa forma de violência pode ocorrer no âmbito familiar ou em qualquer outra relação interpessoal, incluindo, o estupro, os maus-tratos, o abuso sexual e, ainda, “pode ser perpetrada ou tolerada pelo Estado e seus agentes, onde quer que ocorra”, devendo, portanto, ser objeto de estudos e proposições afirmativas para sua erradicação.

Na Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (BRASIL, 2001), o Ministério da Saúde caracteriza a violência como um fenômeno de conceituação complexa, polissêmica e controversa. Entretanto, assume-se que ela é representada por ações humanas realizadas por indivíduos, grupos, classes, nações, numa dinâmica de relações, ocasionando danos físicos, emocionais, morais e espirituais a outrem (MINAYO; SOUZA, 1998).

O Primeiro Relatório Mundial sobre Violência e Saúde (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2002) define, pela primeira vez, a violência como “o uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação de liberdade”.

Por meio da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, a Área Técnica de Saúde da Mulher tem como objetivo aumentar o número de serviços de atenção à violência em Estados e Municípios, apoiando-se na organização de redes integradas, que devem se constituir em ações voltadas à população. Essa demanda pleiteada por estados e municípios reforça a necessidade de construção de estratégias de organização da gestão de redes e serviços, no sentido de ofertar ações eficientes de acordo com as necessidades apresentadas. 
 

25/11 - Dia Nacional do Doador de Sangue

Dia 25 de novembro é o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue. A data foi criada em 1964 para reconhecer a doação voluntária de sangue como um ato de solidariedade humana. Todos sabem da importância dessa ação, mas nunca é demais lembrar e falar sobre o assunto.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o número de doadores de sangue de um país seja de 3% a 5% do total da população. No Brasil, cerca de 2% apenas é doador de sangue. Um levantamento divulgado pela Fundação Pró-Sangue, no ano passado, aponta que, entre os doadores do Estado de São Paulo, as doações caem conforme a idade aumenta. Verificou-se que a maior parte dos doadores está na faixa etária de 18 a 29 anos, representados por 37% do total. A essa faixa segue o grupo de pessoas que têm de 30 a 39 anos (31%). Em seguida vêm as pessoas entre 40 e 49 anos (21%) e aqueles que estão entre 50 e 59 anos (9%). Os últimos 2% são representados pelas pessoas da terceira idade.
Há mais de cem anos que os cientistas tentam criar um substituto para o sangue, mas - infelizmente – esse substituto ainda não foi encontrado. As transfusões dependem - e muito - da solidariedade de outras pessoas; único modo de se obter esse líquido tão precioso. A ironia é que à medida em que a medicina avança e melhora seus procedimentos, mais sangue é necessário e mais sangue escasseia. Imagine quantos acidentes, quantas intervenções cirúrgicas e quantos tratamentos ocorrem a todo momento, e cujo uso de estoques é imprescindível. Por exemplo, alguns tratamentos de câncer destroem a medula óssea (que fabrica as células sanguíneas). Para a recuperação do paciente, são necessárias dez unidades de sangue diárias durante vinte dias. Estimativas mostram que o mundo todo precisa de 7,5 milhões de litros de sangue a mais por ano.

História da transfusão de sangue

Desde os tempos mais remotos acreditava-se que era ele quem dava e sustentava a vida. Presente em rituais e lendas, o sangue sempre teve uma carga simbólica muito forte ao longo da história da humanidade. Exemplos da sua importância no imaginário religioso e popular são a passagem bíblica da Santa Ceia, em que Cristo compara o vinho ao seu próprio sangue; além das histórias de vampiros, que hoje são figuras bastante presentes na literatura e no cinema (inclusive, hoje em dia, quase uma coqueluche entre os adolescentes por causa dos livros e filmes da saga Crepúsculo).
A primeira tentativa de se fazer uma transfusão que se tem notícia foi em 1492, quando - para salvar o idoso e muito doente Papa Inocêncio VIII (1432-1492) - o médico selecionou três jovens sadios, cujo sangue foi retirado e dado ao Papa para que ele o ingerisse. Não deu nada certo: os meninos e o Papa morreram e o médico teve de fugir da cidade. Ao longo dos séculos, muitas experiências de transfusões foram realizadas utilizando-se animais e humanos. Umas eram bem-sucedidas e outras não; o que acabou acarretando - em alguns lugares - a proibição das experiências. A primeira transfusão bem-sucedida de um humano para outro humano ocorreu em 1818 e foi feita pelo obstetra britânico James Blundell. Neste caso, uma mulher, que sofreu uma hemorragia durante o parto, recebeu o sangue do marido.
Só em 1900, que se descobriu que havia tipos de sangue diferentes (A, B, AB e O) e com certas compatibilidades entre si. O autor da façanha foi o patologista austríaco Karl Landsteiner que, mais tarde - em 1930 - receberia o prêmio Nobel. Aí, então, é que conseguiu-se compreender porque certas transfusões davam certo e outras não.

Perguntas e respostas sobre o sangue e a doação

De que é feito o sangue?
Basicamente, o sangue é composto de plasma e células.
O plasma é a parte líquida do sangue (55% do seu total), onde os demais componentes flutuam e são conduzidos através do corpo. Nele estão dissolvidos eletrólitos (sódio, potássio, bicarbonato, cálcio, magnésio), nutrientes, glicose, colesterol, vitaminas, hormônios e proteínas. Estas últimas apresentam funções diversas: algumas são coagulantes (como o fibrinogênio); outras “organizam” a circulação, ajudando a transportar substâncias (neste caso é a albumina) e outras fazem parte do sistemas imunológico (imunoglobina).

Em relação às células, existem:
- As vermelhas (hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos) que são as mais abundantes e que dão a cor vermelha. Para se ter uma ideia, existem 5 a 6 milhões deles em uma gota de 1 milímetro cúbico de sangue. Sua função principal é transportar oxigênio dos pulmões até as outras células do corpo, com a ajuda da proteína hemoglobina.
- As brancas (leucócitos ou glóbulos brancos) fazem parte do sistema imunológico e ajudam nosso corpo a se defender de infecções. Há cerca de 5 mil a 10 mil em uma única gota de sangue.

Quanto sangue existe em nosso corpo?
O sangue percorre todo o nosso corpo e constitui de 7% a 8% de nosso peso. O corpo de um adulto possui aproximadamente 5 litros de sangue.

Quais são os tipos e no que eles se diferem?
Há 4 tipos ou grupos sanguíneos - A, B, AB e O - e essa diferenciação ocorre devido à presença ou ausência de determinadas substâncias (aglutinogênios e aglutininas) no sangue. Aglutigênios são antígenos (substâncias que induzem a produção de anticorpos) encontrados nas superfícies das células vermelhas do sangue (hemácias) e determinam o tipo sanguíneo. Aglutininas são proteínas encontradas no plasma sanguíneo e são anticorpos que reagem contra os aglutigênios.
Assim, os indivíduos pertencentes ao grupo AB possuem aglutinogênios A e aglutinogênios B, mas são desprovidos de quaisquer aglutininas; os indivíduos portadores de sangue tipo A possuem aglutinogênios A e aglutininas anti-B; os pertencentes ao grupo B possuem aglutinogênios e aglutininas anti-A; os indivíduos do grupo O, finalmente, possuem aglutininas anti-A e aglutininas anti-B, sendo, portanto, destituídos de quaisquer aglutinogênios.
Se tudo isso pareceu muito confuso, talvez o quadro ajude a visualizar melhor a composição dos tipos de sangue: 

GRUPO SANGUÍNEO AGLUTINOGÊNIO AGLUTININA NO PLASMA
A A anti-B
B B anti-A
AB AB -
O - anti-A e anti-B

Além disso, há também uma proteína envolvida chamada fator Rh, que seguindo a mesma lógica, acaba sendo representada dessa forma: está presente (+) ou está ausente (-). Então, os tipos sanguíneos são descritos como tipo e fator Rh (como O+ , A+, AB-).

Como é a lógica das transfusões, de acordo com os tipos de sangue?
As transfusões só podem ser feitas entre indivíduos com tipos de sangue compatíveis entre si. Se você pertence ao tipo O, pode doar para qualquer um (doador universal), mas só recebe de alguém do mesmo grupo. Se for AB, ocorre o contrário – aceita qualquer tipo de sangue - mas só doa para outro AB. Por isso é chamado de receptor universal, mas é considerado o mais raro de todos.
Os tipos A e B recebem sangue O e doam a AB. Somente em situações de urgência/emergência lança-se mão de sangue universal O.


Se não combinassem devidamente, o receptor sofreria com a formação de coágulos (massas de sangue) em resposta ao sangue do doador. Os coágulos acarretariam em ataques cardíacos, embolismos e derrames (reações a transfusões).
Essa coagulação ocorre justamente em razão da incompatibilidade entre os tipos, a partir da reação das aglutininas com os aglutigênios (explicados nos tópicos anteriores).

Quanto sangue de cada indivíduo pode ser doado?
A doação é sempre realizada de modo que a quantidade retirada nunca prejudique o doador. O volume máximo permitido para uma doação é de 450 ml, aos quais podem ser acrescidos até 30 ml para a realização de exames laboratoriais exigidos por leis e normas técnicas.

Em quanto tempo o sangue doado é reposto pelo organismo?
A parte líquida (plasma) é reposta em 24h e os glóbulos vermelhos em cerca de 1 mês. Já o estoque de ferro, para os homens, demora 2 meses para ser reposto. Para as mulheres, a reposição do ferro demora cerca de 3 meses, devido ao período menstrual. Após a doação não é necessário tomar nenhum tipo de medicação.

Mulheres menstruadas podem doar sangue?
Sim, normalmente.

Doar sangue afina ou engrossa o sangue? Emagrece ou faz engordar?
Não, nada disso acontece.

O uso de medicamento pode impedir alguém de doar?
Deve ser analisado caso a caso. É recomendável consultar o serviço de hemoterapia antes de doar.

Orientações para antes e depois da doação

Para fazer a doação de sangue, o interessado deve preencher os seguintes requisitos:
- Estar em boas condições de saúde;
- Ter entre 18 e 65 anos;
- Pesar no mínimo 50 Kg;
- Estar descansado e alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação);
- Dormir pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas que antecedem a doação;
- Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (Carteira de identidade, Cartão de identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Passaporte e CNH).

Depois da doação, recomenda-se:
- Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas;
- Aumentar a ingestão de líquidos;
- Não fumar por cerca de 2 horas;
- Evitar bebidas alcóolicas por 12 horas;
- Manter o curativo no local da punção por pelo menos de 4 horas;
- Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho.

Além disso, os especialistas pedem que o intervalo entre doações seja de, no mínimo, 60 dias para os homens e 90 dias para as mulheres. Portanto, isso significa que um homem pode fazer até 4 doações por ano, enquanto que a mulher apenas 3.

25/11 - Dia Nacional do Doador de Sangue - 2ª Parte

Quem não pode doar sangue?

- Tiver idade inferior a 18 anos ou superior a 65 anos 11 meses e 29 dias;
- Tiver peso inferior a 50 quilos;
- Estiver com anemia no teste realizado imediatamente antes da doação;
- Estiver com hipertensão ou hipotensão arterial no momento da doação;
- Estiver com aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos no momento da doação;
- Estiver com febre no dia da doação;
- Estiver grávida;
- Estiver amamentando, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de 12 meses.

Impedimentos temporários para doação de sangue (orientações da Fundação Pró-Sangue)

Por 48 horas
Se recebeu vacina preparada com vírus ou bactéria mortos, toxóide ou recombinantes. Ex.: cólera, poliomielite (SALK), difteria, tétano, febre tifóide (injetável), meningite, coqueluche, pneumococo.

Por cinco dias
Se ingeriu AAS (ácido acetil salicílico) ou qualquer outro medicamento que contenha AAS em sua composição. Exemplos: aspirina, sonrisal etc.

Por sete dias
- Se teve diarréia;
- Após terminarem os sintomas de gripe ou resfriado;
- Após a cura de conjuntivite.

Por duas semanas
- Após o término do tratamento de infecções bacterianas;
- Após a cura de rubéola;
- Após a cura de erisipela.

Por três semanas
- Após a cura de caxumba;
- Após a cura de varicela (catapora).

Por quatro semanas
- Se recebeu vacina de vírus ou bactérias vivos e atenuados. Ex.: poliomielite oral (SABIN), febre tifóide oral, caxumba, febre amarela, sarampo, BCG, rubéola, catapora, Varíola, etc;
- Se recebeu vacina contra gripe;
- Se recebeu soro antitetânico;
- Após a cura de dengue.

Por oito semanas (somente para homens)
- Após uma doação de sangue. Esse período deve ser ampliado para 16 semanas se houve doação dupla de hemácias por aférese (tipo de coleta em que se seleciona apenas um dos elementos de todo o sangue).

Por doze semanas (somente para mulheres)
- Após uma doação de sangue (para mulheres). Esse período deve ser ampliado para 24 semanas se foi doação dupla de hemácias por aférese;
- Após parto normal ou abortamento.

Por três meses (independente se homem ou mulher)
- Se foi submetido a Apendicectomia;
- Se foi submetido a Hemorroidectomia;
- Se foi submetido a Hernioplastia;
- Se foi submetido a Ressecção de varizes;
- Se foi submetido a Amigdalectomia.

Por seis meses a um ano
- Se foi submetido a uma cirurgia de grande porte como por exemplo: colecistectomia, histerectomia, tireoidectomia, colectomia, esplenectomia pós trauma, nefrectomia, etc;
- Após a cura de toxoplasmose comprovada laboratorialmente.

Por doze meses
- Se recebeu uma transfusão de sangue, plasma, plaquetas ou hemoderivados;
- Se recebeu enxerto de pele ou de osso;
- Se sofreu acidente se contaminando com sangue de outra pessoa;
- Se teve acidente com agulha já utilizada por outra pessoa;
- Se teve contato sexual com alguma pessoa com AIDS ou com teste positivo para HIV;
- Se teve contato com prostituta ou com outra pessoa que recebeu ou pagou com dinheiro ou droga pelo ato sexual;
- Se teve contato sexual com usuário de droga endovenosa;
- Se teve contato sexual com pessoa que tenha recebido transfusão de sangue nos últimos 12 meses;
- Se teve relação sexual com pessoa com hepatite;
- Se mora na mesma casa de uma pessoa que tenha hepatite;
- Se fez tatuagem;
- Se fez piercing;
- Se teve sífilis ou gonorréia;
- Se foi detido por mais de 24 horas.

Por cinco anos
- Após a cura de tuberculose pulmonar.
  
Impedimentos permanentes para doação de sangue

- Tem ou teve um teste positivo para HIV;
- Teve hepatite após os 10 anos de idade;
- Já teve malária;
- Tem doença de Chagas;
- Recebeu enxerto de duramater (membrana que envolve o sistema nervoso central);
- Teve algum tipo de câncer, incluindo leucemia;
- Tem graves problemas no pulmão, coração, rins ou fígado;
- Tem problema de coagulação de sangue;
- É diabético com complicações vasculares;
- Teve tuberculose extra-pulmonar;
- Já teve elefantíase;
- Já teve hanseníase;
- Já teve Calazar (Leishmaniose visceral);
- Já teve brucelose;
- Tem alguma doença que gere inimputabilidade jurídica;
- Foi submetido a gastrectomia total;
- Foi submetido a pneumectomia;
- Foi submetido a esplenectomia não decorrente de trauma;
- Se foi submetido a transplante de órgãos ou de medula óssea. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tipos e tratamentos de cancer infanto-juvenil - 2ª parte

SARCOMAS DE PARTES MOLES

São tumores que podem ocorrer em músculos, gordura e articulações. Afetam tanto crianças, quanto adolescentes e adultos. Existe um aumento progressivo, inchaço no local do tumor e, em geral, há dor e a pele pode ficar vermelha.

Os sarcomas podem ocorrer na cabeça, no pescoço, na área genital, nos braços e nas pernas. Em adolescentes, pode localizar-se na região dos testículos, provocando aumento do escroto, sendo confundido com hérnias. O paciente não pode ter vergonha de contar seu problema ao médico!

Para diagnosticar os sarcomas é muito importante que um médico experiente em câncer realize uma biópsia a fim de examinar o tumor no microscópio. O tratamento dos sarcomas é feito, em geral, com cirurgia e quimioterapia.

 

TUMORES ÓSSEOS

São mais frequentes em adolescentes. Quase sempre a criança conta que teve uma batida, que causou dor, mas a dor não vai embora. O local mais comum é logo acima ou logo abaixo do joelho. A pele pode ficar vermelha e quente e, quando o tumor cresce, é possível ver também um inchaço no local.

Esses sintomas podem ser confundidos principalmente com infecções ou dores de crescimento. Para diagnosticá-lo, é importante fazer raio X do local doloroso, e um médico ortopedista, com bastante experiência em câncer, deve realizar uma biópsia com agulha, sem cortar a pele.

Os tipos mais comuns de tumores ósseos malignos são osteossarcoma e Sarcoma de Ewing. O tratamento é feito com cirurgia e quimioterapia. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura para até 70%.

 

RETINOBLASTOMA

Afeta os olhos e geralmente ocorre antes dos 4 anos de idade. A principal manifestação é um reflexo brilhante no olho doente, parecido com o brilho que apresentam os olhos de um gato quando iluminados à noite.

As crianças podem ainda ficar estrábicas (vesgas), ter dor nos olhos ou perder a visão. Alguns retinoblastomas são hereditários. Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças devem ser examinadas por um oftalmologista experiente desde a hora do nascimento para que o diagnóstico seja o mais precoce possível.

Os retinoblastomas são diagnosticados por médicos experientes através do exame do fundo de olho, com a pupila bem dilatada. Em geral, não se deve realizar biópsias. Os tumores pequenos podem ser tratados com métodos especiais, que permitem que a criança continue a enxergar normalmente. Nos casos adiantados, o olho pode precisar ser retirado e a criança pode precisar de quimioterapia e/ou radioterapia.

 

DOENÇA DE HODGKIN

É um tumor que acomete gânglios e baço mais frequente em adolescentes. A maioria dos casos começa com adenomegalias, "ínguas" que vão crescendo no pescoço, nas axilas ou na região inguinal. A criança pode apresentar febre prolongada e perda de peso.

O diagnóstico do Linfoma de Hodgkin é feito através de biópsia de um gânglio aumentado de tamanho. O tratamento é feito com quimioterapia e radioterapia. Atualmente, em cada 100 crianças tratadas adequadamente, 85 ficam completamente curadas.

 

HISTIOCITOSE

Apesar de não ser câncer, a histiocitose é uma doença tratada por oncologistas, pois muitas vezes as crianças precisam de quimioterapia para melhorar. Pode apresentar-se como uma dermatite seborreica de difícil tratamento, otite com pus nas orelhas que vai e volta, lesões na pele, fígado e baço aumentados, lesões nos ossos e anemia.

 

TUMORES GERMINATIVOS

São tumores do ovário ou testículos, raros na infância. Os tumores de ovário podem causar dores abdominais, geralmente crônicas, puberdade precoce (crescimento dos seios e aparecimento de pelos antes do tempo) e tumorações palpáveis.

Os meninos com testículos que não desceram para a bolsa escrotal (criptorquidia)devem ser vigiados com ultrassom, pois a incidência de câncer é 20 a 40 vezes maior nesses casos. O sinal de alerta é o aumento da bolsa escrotal, confundido muitas vezes com hérnia. O diagnóstico é feito na cirurgia em que se retira o tumor.

Nos meninos é importante ainda que a cirurgia seja realizada pela barriga e não abrindo o escroto. O tratamento é realizado com cirurgia e quimioterapia.

Fonte:http://www.dncci.org.br

Tipos e tratamentos de cancer infanto-juvenil - 1ª parte

Os tipos de câncer mais comuns em crianças são:
  • Leucemias (33%)
  • Tumores do sistema nervoso central (20%)
  • Linfomas (12%)
  • Neuroblastoma (8%)
  • Tumor de Wilms, dos rins (6%)
  • Tumores de partes moles (6%)
  • Tumores ósseos (5%)
  • Retinoblastoma, nos olhos (3%)
  • Linfoma de Hodgkin
  • Histiocitose
  • Tumores Germinativos
 Saiba quais são os principais tratamentos do câncer infantil.

LEUCEMIA 

É o câncer mais comum na infância. Leucemias têm origem na medula óssea, o tutano dos ossos, onde é normalmente produzido o sangue. Manifesta-se com dor nos ossos ou nas articulações, palidez, manchas roxas, sangramentos, febre, abatimento, etc.

A leucemia é diagnosticada através do mielograma, exame do sangue de dentro do osso. Existem vários tipos de leucemia: Leucemia Linfoide Aguda (LLA), Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMA) e Leucemia Linfoide Crônica (LLC - só em adultos).

Além da medula óssea, as leucemias podem também acometer os testículos, endurecendo-os, e o líquor (líquido da espinha), provocando dores de cabeça e vômitos. As leucemias podem ter índices de cura de até 80% quando tratadas com quimioterapia. Em alguns casos, podem-se indicar também radioterapia e transplante de medula.

 TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Os tumores do sistema nervoso central, cérebro e cerebelo são os tumores sólidos (que não leucemias e linfomas) mais frequentes em crianças. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça e vômitos pela manhã, tontura e perda do equilíbrio.

Qualquer criança com persistência desses sintomas deve ser examinada por um médico neurologista, além de realizar tomografia ou ressonância nuclear magnética do crânio. O diagnóstico do tipo exato de tumor é feito durante a cirurgia. Os tumores benignos são tratados apenas com cirurgia. Para os tumores malignos são, em geral, necessárias quimioterapia e radioterapia.

 LINFOMA NÃO HODGKIN
Mais frequente no sexo masculino, ocorre principalmente entre os 4 e 8 anos de idade. Atinge qualquer parte do corpo, principalmente tórax e abdome.
Quando o linfoma é na barriga, do tipo Brukit, pode causar parada de evacuações e dor na barriga. Como o tratamento é feito com quimioterapia, não deve ser realizada cirurgia para a retirada do intestino. Quando o linfoma é no tórax, pode causar tosse ou falta de ar. O diagnóstico dos linfomas depende de biópsia do tumor. Quando diagnosticado precocemente, os índices de cura são de 80%.

 NEUROBLASTOMA
Ocorre geralmente em crianças com menos de 5 anos. Os locais mais comuns são abdome, tórax e pescoço, perto da coluna vertebral.

Pode afetar o fígado, ossos e a medula óssea. Todos os tumores do abdome podem ser confundidos com verminose. Se a criança tem aumento da barriga que não melhora, deve-se procurar um médico para avaliação.

Os tumores que crescem próximos da coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina. Se o tratamento não for iniciado a tempo, a criança pode ficar com paralisia definitiva.

Para diagnosticar o neuroblastoma é necessário, em geral, realizar uma biópsia do tumor, ou seja, retirar um pedaço pequeno através de cirurgia para que um médico patologista possa vê-lo no microscópio. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, indica-se radioterapia e transplante de medula.

TUMOR DE WILMS
É um tumor frequente na infância, geralmente aparece antes dos 5 anos de idade. O tumor de Wilms nasce nos rins, manifestando-se como uma massa no abdome. A criança pode ainda apresentar sangue na urina, dores abdominais e pressão alta.

O exame mais indicado para o diagnóstico é o ultrassom. O tratamento é cirurgia, em que se retira o rim comprometido, seguido, em geral, de quimioterapia e, em alguns casos, de radioterapia. A cura está estimada em torno de 90% dos casos.

Fonte: http://www.dncci.org.br

23 de Novembro: Dia Nacional de Combate ao Cancer Infantil

Câncer é um conjunto de doenças nas quais existe uma multiplicação anormal de células doentes. Quando as células continuam tendo uma aparência normal e ficam somente no lugar onde nasceram, dizemos que existe um tumor benigno. Quando as células têm aparência diferente do normal, multiplicam- se muito e têm a capacidade de produzir metástases, dizemos que existe um tumor maligno.

Apesar de o câncer ser raro em crianças, ele é a causa de morte mais frequente nesta idade, só ficando depois de acidentes e de doenças infecciosas. O câncer não é uma doença contagiosa. Na maior parte dos casos, não se sabe por que uma criança desenvolveu um tumor. Sabemos que, em geral, as crianças não herdam o câncer dos pais e nem nascem com ele.

Atualmente, os métodos utilizados no tratamento do câncer infantil garantem altos índices de cura, perto de 70%. Mas, para se chegar nesse patamar, é fundamental o diagnóstico precoce.

Fique atento aos sinais e aos sintomas da doença. 
Enxergue os sintomas do cancer infanto-juvenil:
 

Ilustração: Virgilio Neves
  - Perda de peso;
- Manchas roxas, sangramento pelo corpo sem machucado;
- Vomitos acompanhados de dor de cabeça, diminuição da visão ou perda de equilíbrio;
- Caroço em qualquer parte do corpo, principalmente na barriga;

Ilustração: Virgilio Neves
 - Palidez inexplicada;
- Febre prolongada por causa não identificada;
- Dores nos ossos e nas juntas, com ou sem inchaços;
- Crescimento do olho podendo estar acompanhado de mancha roxa no local.

  

Programa Saúde da Família:Você sabe o que é?

Sejam todos muito bem vindos ao blog "O AGENTE EXPLICA", aqui vocês poderão encontrar ótimos artigos para melhorar e principalmente orientar a sua saúde. Mas você sabe o que é o PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA? A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde.Estas equipes por sua vez denominados AGENTES DE SAÚDE (PROGRAMA DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE- PACS) são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada.
As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A cidade de Pirangi conta até o momento com 15 agentes comunitários de saúde, cobrindo quase toda a cidade.
As postagens que vocês irão encontrar aqui no blog seguem o CALENDÁRIO NACIONAL DA SAÚDE.
Receba bem o agente comunitário de saúde responsável pelo seu bairro: ele é a sua ponte de comunicação com a Unidade Básica de Saúde!