domingo, 29 de janeiro de 2012

29/01 - DIA NACIONAL DE COMBATE E PREVENÇÃO DA HANSENÍASE - Parte II

VÍDEOS:


DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico é clínico e também através de exames de laboratório. Um dos exames físicos é o de sensibilidade a temperatura com água fria e água quente. A sensibilidade tátil pode ser testada com um algodão e a sensibilidade para dor com a ponta de uma caneta.

TRANSMISSÃO:
A via principal de transmissão é a respiratória. Os pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através de secreções nasais, gotículas de saliva que saem com a fala, tosse ou espirro. Assim o bacilo fica em suspensão no ar por alguns segundos, podendo contaminar uma pessoa próxima levando-a a desenvolver a doença.

PREVENÇÃO:
As pessoas que tiveram contato com portadores da hanseníase devem ficar atentas ao aparecimento de sinais e sintomas, visando fazer um diagnóstico precoce.

ONGs de Apoio aos Portadores de Hanseníase:

• Dahw Brasil – Associação Alemã de Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos: http://www.dahwmt.org.br/

• Fundação Paulista Contra a Hanseníase:
http://www.fundacaohanseniase.org.br/

• MORHAN – Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase : http://www.morhan.org.br/

29/01 - DIA NACIONAL DE COMBATE E PREVENÇÃO DA HANSENÍASE - Parte I


Conhecida inicialmente como LEPRA, é considerada a doença mais antiga descrita, cerca de 600 anos a.C. É causado pelo Bacilo de Hansen ou Microbacterium Leprae, um parasita que acomete a pele e os nervos periféricos.
A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, e atinge principalmente as pessoas em faixa etária economicamente ativa, comprometendo seu desenvolvimento profissional e ou social. Foi descoberto em 1973 pelo médico Amaneur Hansen, na Noruega. O bacilo acabou recebendo seu nome como homenagem.
Prefeitura do Estado de São Paulo
Os sintomas são silenciosos e demoram a aparecer, portanto se entrar em contato com o Bacilo, obviamente você não vai se lembrar. Muitas pessoas possuem o bacilo, mas apenas 5% delas desenvolvem a doença. O tempo de incubação, ou seja, da contaminação até o surgimento dos sintomas é em média de 2 a 5 anos. Portanto, uma doença de evolução extremamente lenta.

Os sintomas mais comuns são:

• Área de pele seca e com falta de suor, queda de pêlos, principalmente nas sobrancelhas;
• Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo;
• Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade (dormências, diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou dor). Neste caso, pode ocorrer de uma pessoa se queimar no fogão e nem perceber, indo verificar a lesão avermelhada da queimadura na pele mais tarde;
• Parestesias (sensação de formigamento na pele, principalmente das mãos e dos pés);
• Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas;
• Edema ou inchaço de mãos e pés;
• Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que – nesses casos podem estar engrossados e doloridos;
• Úlceras de pernas e pés;
• Nódulos (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos;

 Em casos mais graves:
• Febre, edemas e dor nas articulações.
• Sangramento, ferida e ressecamento nasal e ocular
• Congestão nasal
• Mal estar geral, emagrecimento.
• Com a falta de sensibilidade é possível que ocorram mutilações, principalmente nas extremidades, por lesões repetidas que não são percebidas pelos doentes.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

20 de Janeiro DIA DO FARMACEUTICO

Um pouco de história

As primeiras boticas ou apotecas surgiram no século X e são consideradas as precursoras das farmácias modernas.
A figura do apotecário ou boticário aparece nos conventos da França e Espanha, desempenhando o papel de médico e farmacêutico. Para exercer as profissões, deveria pertencer a uma família honrada, com boa situação econômica, conhecer o latim, ter boa redação e apresentar certidão de cristianismo e moralidade. Tinha ainda que cultivar as plantas utilizadas na preparação dos medicamentos e trabalhar sob a vista do público.
No entanto, há milênios, a atividade do farmacêutico já era exercida e de grande importância para a saúde.
Há mais de 2.600 anos, os chineses, por exemplo, já desenvolviam seus remédios, extraindo drogas de milhares de plantas para curar doenças. Os egípcios também preparavam seus medicamentos a partir de vegetais, sais de chumbos, cobre e ungüentos de banha de leão, hipopótamo, crocodilo e cobra há mais de 1.500 anos.
Na Índia, os brâmanes desenvolveram remédios a partir de 600 tipos diferentes de plantas medicinais. E na Grécia, os processos de cura aconteciam no interior dos templos, onde eram pendurados os ex-votos dos doentes quando alcançavam a cura. Eram utilizadas para a cura as chamadas fórmulas mágicas e conjuros, procedimentos que hoje não fazem parte da rotina do farmacêutico.
O grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, também marcou uma nova era para a cura, quando sistematiza os grupos de medicamentos, dividindo-os em narcóticos, febrífugos e purgantes.
E a evolução e o desenvolvimento da farmácia, como atividade diferenciada, só aconteceria na Alexandria, após um período de instabilidade marcado por guerras, epidemias e envenenamentos. A farmacologia ganhou grande impulso, principalmente no tratamento de soldados abatidos nos campos de batalha.
Os farmacopistas, no início do século II, incrementaram as diversas fórmulas existentes para melhor atender às necessidades da época. E em Bagdá, Arábia Saudita, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia.

Cuidado com os remédios falsificados
Na hora de comprar remédios, muito cuidado para não adquirir medicamentos similares aos que foram pedidos, de eficácia duvidosa ou ainda falsificados. Não aceite outro no lugar do que está na receita. A não ser que seja um genérico, que é um remédio seguro.
As quadrilhas de falsificadores agem em todo o país, mesmo diante das denúncias publicadas na imprensa e da fiscalização do Ministério da Saúde, e colocam em risco a saúde da população.
Para se prevenir das falsificações, tome certos cuidados ao comprar remédios como exigir sempre a nota fiscal da farmácia. Nela, deve constar o nome do medicamento e o número do lote. Além de observar a bula que não pode ser uma cópia xerox. Se não for original, não compre o remédio.
Confira também se na embalagem do remédio constam a data de validade do produto, se ele está bem impresso e pode ser lido facilmente, se há rasuras ou informação rasgada ou apagada.
Nos remédios líquidos, é obrigatório constar o nome do farmacêutico responsável pela fabricação e o número de sua inscrição no Conselho Regional de Farmácia logo no rótulo. E no caso de soros e xaropes, devem vir, obrigatoriamente, com lacre.
Ao adquirir uma nova caixa de um produto que você está acostumado a usar, preste atenção na cor, forma, tamanho e gosto. Se estiverem alterados, não compre. Recorra ao farmacêutico responsável, em caso de dúvida.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

O Papel do Farmacêutico

O papel do Farmacêutico no mundo é tão nobre quão vital. O Farmacêutico representa o órgão de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora. É o atento guardião do arsenal de armas com que o Médico dá combate às doenças. É quem atende às requisições a qualquer hora do dia ou da noite. O lema do Farmacêutico é o mesmo do soldado: SERVIR.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

19/01 - Dia Internacional da Terapia Ocupacional

O Terapeuta Ocupacional pode ser considerado como o cientista sócio- sanitário que se ocupa do fazer humano, estudando os comportamentos ocupacionais, objetivando resgatar a funcionalidade objetiva e subjetiva de cada sujeito, em diferentes grupos e demandas cotidianas. As transformações tecnológicas que emergiram na primeira década do corrente milênio, juntamente com as intensas mudanças societárias, ecossistêmicas, nas relações de trabalho e do capital, propugnaram por alavancar os Terapeutas Ocupacionais em busca de uma profunda revisão acerca do papel do profissional diante dos desafios que este cenário anuncia.
 
Historicamente, a essência da Terapia Ocupacional foi centrada no uso da atividade humana com o caráter terapêutico Entretanto, o uso com finalidade terapêutica das ocupações não é algo recente, remontando às primeiras civilizações. Na China, cerca de 2600 a.C, pensava-se que a inatividade seria a gênese da doença e as atividades eram usadas como tratamento e treinamento físico.

Em seu trabalho, o terapeuta ocupacional se preocupa em estimular as pessoas usando recursos que façam sentido à sua vida. Por isso utiliza atividades simples e criativas, como jogos, exercícios e arte. É por causa disso, também, que se pensa que o terapeuta serve para “ocupar o tempo” das pessoas. Mas não é. Cada exercício proposto tem um sentido especial, e vai ajudar o paciente a recuperar uma habilidade perdida.
Um profissional tão importante para a saúde – e, por que não, para a felicidade – de tanta gente não poderia ficar fora dos convênios médicos.
 
 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

PREVINA-SE CONTRA A DENGUE

Com pequenas modificações em nossos hábitos, podemos combater o mosquitos e os possíveis criadouros de larvas:









DENGUE: PREOCUPAÇÃO DE TODOS OS VERÕES...

Dengue Clássica
Mais Febre alta com início súbito.
Mais Forte dor de cabeça.
Mais Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos.
Mais Perda do paladar e apetite.
Mais Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.
Mais Náuseas e vômitos·
Mais Tonturas.
Mais Extremo cansaço.
Mais Moleza e dor no corpo.
Mais Muitas dores nos ossos e articulações.

Dengue hemorrágica
Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:
Mais Dores abdominais fortes e contínuas.
Mais Vômitos persistentes.
Mais Pele pálida, fria e úmida.
Mais Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.
Mais Manchas vermelhas na pele.
Mais Sonolência, agitação e confusão mental.
Mais Sede excessiva e boca seca.
Mais Pulso rápido e fraco.
Mais Dificuldade respiratória.
Mais Perda de consciência.

Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.
O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.

ENTENDA MELHOR NO GRÁFICO ABAIXO:




Modo de transmissão
A fêmea pica a pessoa infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite.
A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem. Após a ingestão de sangue infectado pelo inseto fêmea, transcorre na fêmea um período de incubação. Após esse período, o mosquito torna-se apto a transmitir o vírus e assim permanece durante toda a vida. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento.

seta O mosquito Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.

Período de incubação

Varia de 3 a 15 dias, mas tem como média de cinco a seis dias.

O Ciclo do Mosquito
 
O ciclo do Aedes aegypti é composto por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. As larvas se desenvolvem em água parada, limpa ou suja. Na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de sangue para garantir o desenvolvimento dos ovos, ocorre a transmissão da doença.
 
O seu controle é difícil, por ser muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicia a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto.

O único modo possível de evitar a transmissão da dengue é a eliminação do mosquito transmissor.
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença.


14/01 - DIA DO ENFERMO

No dia 14 de janeiro é comemorado o dia dos Enfermos. Momento de reflexão, sensibilização e mudança.
Diante das condições impostas pelo mercado, onde cada dia precisamos correr mais e mais para mantermos os padrões, fazemos um alerta a todos os profissionais de saúde, tanto aqueles que estão diretamente ligados ao paciente, quanto aos que cuidam das questões administrativas; um alerta também aos familiares e amigos que estejam com alguém passando por alguma enfermidade; sejamos mais sensíveis, pacientes e amorosos com os nossos doentes.
Mundialmente a data também é comemorada no dia 11 de fevereiro, instituída pela Igreja Católica, pelo papa João Paulo II, em 1993.
O objetivo desta data é, sobretudo, sensibilizar governantes e sociedade para uma atenção especial aos enfermo s, possibilitando assistência mais adequada.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

04/Janeiro - Dia do Hemofílico

O dia 4 de Janeiro foi escolhido para comemorar o “Dia Internacional da Hemofilia” por celebrar o nascimento do fundador da Federação Mundial de Hemofilia – Frank Schnabel. Nascido em 1926, portador de hemofilia A grave, Frank Schnabel lutou incansavelmente em prol da melhoria da qualidade de vida dos hemofílicos.

Seu legado de dedicação e amor ao próximo, além do incentivo e estímulo ao desenvolvimento científico, transcendeu as fronteiras do Canadá e atingiu o mundo. Atualmente, a Federação Mundial de Hemofilia, conta com cerca de 90 países que, com a troca de informações, são beneficiadas pelo acesso facilitado aos avanços das técnicas e procedimentos no tratamento da Hemofilia.

Para os hemofílicos do mundo, a legitimidade desta data, está em reforçar a importância de trazer a público as questões relacionadas à Hemofilia, chamando a atenção das autoridades responsáveis e da sociedade civil como um todo para a nossa causa.


04/Janeiro - Dia Nacional da Abreugrafia

MANUEL DE ABREU E O DIA NACIONAL DA ABREUGRAFIA

O dia 4 de janeiro, dia do nascimento de Manoel Dias de Abreu, foi instituído como o dia nacional da abreugrafia em homenagem ao saudoso médico radiologista, nascido no ano de 1892 em São Paulo. O criador do exame (daí o termo abreugrafia) tornou-se mundialmente conhecido após o desenvolvimento do método diagnóstico e pela sua constante luta contra tuberculose.

Manoel de Abreu formou-se aos 21 anos pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1913. Em 1915 mudou-se para Paris onde freqüentou os hospitais Nouvel Hôpital de la Pitié, o laboratório central de Radiologia do Hôtel-Dieu e o Hospital Laennec. Publicou diversos livros, entre eles o Radiodiagnostic dans la tuberculose pleuro-pulmonaire e diversos artigos sobre a abreugrafia em periódicos nacionais e internacionais como Collective Fluorography no Radiology e Processus and Apparatus for Roentgenphotography no The American Journal of Roentgenology and Radium Therapy (AJR), ambos em 1939. Em reconhecimento ao seu trabalho, o ilustre radiologista recebeu diversas homenagens das principais entidades médicas como a medalha de ouro médico do ano) do American College of Chest Physicians (1950), o diploma de honra da Academy of Tuberculosis Physicians (1950) e a medalha de Ouro do Colégio Interamericano de Radiologia (1958). Além disso, recebeu o título de membro honorário da Sociedade Alemã de Radiologia (1940) e do American College of Radiology (1945). Morreu vítima de câncer de pulmão em 1962, aos 70 anos.

O alto índice de mortalidade por tuberculose nas décadas de 30 e 40, principalmente no Rio de Janeiro, e a ineficácia dos instrumentos utilizados pelas autoridades sanitárias para combater a doença propiciaram o aparecimento da abreugrafia. O primeiro aparelho destinado a realizar exames em massa da população foi construído pela Casa Lohner e instalado na cidade do Rio de Janeiro em 1937. O método era muito sensível, com especificidade razoável, de baixo custo operacional e permitia a realização de um grande número de exames em um curto espaço de tempo. O exame tinha por princípio a fotografia do écran ou tela fluorescente. A documentação era feita através de filme comum de 35 mm ou 70 mm. Abreu sempre recomendou o filme de 35 mm, que embora de menor custo, exigia o uso de lentes de aumento especiais para a interpretação do exame.

Roentgenfotografia foi o nome escolhido por Abreu na apresentação da nova técnica à Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro em julho de 1936. Poucos anos mais tarde, em 1939, no I Congresso Nacional de Tuberculose, no Rio de Janeiro, a designação abreugrafia foi aceita por unanimidade. O exame foi utilizado no rastreamento da tuberculose e doenças ocupacionais pulmonares, difundindo-se rapidamente pelo mundo graças ao baixo custo operacional e alta eficiência técnica. Unidades móveis foram desenvolvidas e utilizadas em todo mundo.

Fora da América do Sul, a denominação do exame era variável: Mass radiography, miniature chest radiograph (Inglaterra e Estados Unidos), Roentgenfluorografia (Alemanha), Radiofotografia (França), Schermografia (Itália), fotorradioscopia (Espanha) e fotofluorografia (Suécia). Tal era a aprovação e o entusiasmo pelo método na época que somente na Alemanha, até o ano de 1938, o número de exames realizados pelo professor Holfelder já ultrapassava a 500 mil. A importância de sua obra também levou à criação da Sociedade Brasileira de Abreugrafia em 1957 e à publicação da Revista Brasileira de Abreugrafia.

Nas últimas décadas, a manutenção precária dos equipamentos brasileiros (o que facilitava o excesso de exposição a radiação ionizante) e as diretrizes de proteção radiológica cada vez mais rigorosas, acabaram limitando a utilização do método nos diversos países. A radiologia brasileira, entretanto, já havia dado uma importante contribuição para a medicina mundial.

02/Janeiro - DIA DO SANITARISTA

No dia 02 de janeiro foi comemorado o dia do sanitarista. O médico sanitarista é um profissional que analisa a saúde pública local, categorizando os problemas em ordem de prioridades, propondo soluções e alternativas e até estima os recursos necessários para que as medidas propostas possam ser executadas. “Este profissional associa seus conhecimentos de medicina aos de saúde pública e atua nos níveis local, regional ou central e é de suma importância para melhorar a qualidade do serviço de saúde”, ressalta o médico Máximo Asinelli, que possui especialização em Vigilância Sanitária.


  A trajetória de Oswaldo Cruz e a sua luta como médico sanitarista no século 19

 Oswaldo Cruz, filho do médico Bento Gonçalves Cruz e de Amália Taborda de Bulhões Cruz, nasceu no dia 5 de agosto de 1872, na cidade de São Luís de Paraitinga, São Paulo, onde viveu até 1877, quando seu pai mudou-se para o Rio de Janeiro. Cursou o primário no Colégio Laure. Mais tarde, estudou no Colégio São Pedro de Alcântara e, depois, no Externato Pedro II, onde se preparou para prestar os exames para as escolas superiores.

Em 1887, aos quinze anos, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.Formou-se em 24 de dezembro de 1892, defendendo a tese "Veiculação Microbiana pelas Águas". Seu interesse pela microbiologia levou-o a montar um pequeno laboratório no porão de sua casa.Somente em 1896 pode realizar seu sonho: especializar-se em Bacteriologia no Instituto Pasteur de Paris, que na época reunia grandes nomes da ciência.

 Ao voltar da Europa, Oswaldo Cruz encontrou o Porto de Santos assolado por violenta epidemia de peste bubônica e logo se engajou no combate à doença. Para fabricar o soro antipestoso foi criado, em 25 de maio de 1900, o Instituto Soroterápico Federal, instalado na antiga Fazenda de Manguinhos, tendo como diretor geral o Barão de Pedro Afonso e como diretor técnico o jovem bacteriologista. Em 1902, assumiu a direção geral do novo Instituto. Este, por sua vez, ampliou suas atividades, não mais se restringindo à fabricação de soro antipestoso, mas dedicando-se também à pesquisa básica aplicada e à formação de recursos humanos.

 Em 1903, Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública, cargo que corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde. Utilizando o Instituto Soroterápico Federal como base de apoio técnico-científico, deflagrou memoráveis campanhas de saneamento. Em poucos meses, a incidência de peste bubônica foi reduzida com o extermínio dos ratos, cujas pulgas transmitiam a doença.

Ao combater a febre amarela, na mesma época Oswaldo Cruz enfrentou vários problemas. Grande parte dos médicos e da população acreditava que a doença era transmitida pelo contato com roupas, suor, sangue e secreções de doentes. No entanto, Oswaldo Cruz acreditava em uma nova teoria: o transmissor da febre amarela era um mosquito. Assim, suspendeu as desinfecções, método tradicional no combate à moléstia, implantando medidas sanitárias (brigadas para eliminar focos do inseto em casas, jardins, quintais e ruas) e impedindo a manutenção de águas estagnadas, em que se desenvolviam as larvas dos mosquitos. Sua atuação provocou violenta reação popular.

Em 1904, a oposição a Oswaldo Cruz atingiu seu ápice. Com o recrudescimento dos surtos de varíola, o sanitarista tentou promover a vacinação em massa da população. Os jornais lançaram uma campanha contra a medida. O congresso protestou e foi organizada a Liga contra a vacinação obrigatória. No dia 13 de novembro estourou a rebelião popular (a Revolta da Vacina) e, no dia 14, a Escola Militar da Praia Vermelha se levantou. O Governo derrotou a rebelião, mas suspendeu a obrigatoriedade da vacina.

Mas Oswaldo Cruz acabou vencendo a batalha. Em 1907, a febre amarela estava erradicada no Rio de Janeiro. No mundo científico internacional, seu prestígio era já incontestável. Ainda em 1907, recebeu a medalha de ouro no XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz ainda reformou o Código Sanitário e reestruturou todos os órgãos de saúde e higiene do país.

1908 - Uma epidemia de varíola levou a população aos postos de vacinação. O Brasil finalmente reconhecia o valor do sanitarista. Nesse mesmo ano, o Instituto Soroterápico Federal foi rebatizado como Instituto Oswaldo Cruz.

1909 -  Oswaldo Cruz deixou a Diretoria Geral de Saúde Pública, passando a se dedicar apenas ao Instituto, onde lançou importantes expedições científicas que possibilitaram a ocupação do interior do país. Erradicou a febre amarela no Pará e realizou a campanha de saneamento da Amazônia. Como conseqüência, as obras da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cuja construção havia sido interrompida pelo grande número de mortes de operários pela malária, puderam ser finalizadas.

1913 -  Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.

1915 -  Por motivos de saúde, abandonou a direção do Instituto Oswaldo Cruz e mudou-se para Petrópolis. Como prefeito daquela cidade traçou vasto plano de urbanização, que não pode ver executado.

Oswaldo Cruz morreu de insuficiência renal em 11 de fevereiro de 1917, em Petrópolis, com apenas 44 anos.